sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011




PUXANDO REDES DE CULPA


João 21


A culpa ganha muitas caras. Uma, dentre milhões de caras, é aquele que se apresenta comopiedade sacrificial.

Foi o caso de Pedro. Culpado por haver negado, agora, na praia de Tiberíedes, ao saber que Jesus estava às margens do lago, ressuscitado, atira-se à água e nada; chegando primeiro dos que outros seis discípulos, que vieram trazendo o barco cheio de peixes.

Silêncio. Pedro e Jesus na praia. Os outros chegando. Somente o singrar dos remos se fazem ouvir cortando a água. O silencio só era quebrado sutilmente pelo vivo farfalhar prateado dos peixes na rede.

Trazei alguns dos peixes que acabastes de apanhar!” — disse-lhes Jesus. Mas não disse “Trazei todos os peixes que acabastes de apanhar!”.

Pedro, porém, não deixou ninguém ajudar; e puxou sozinho não “alguns dos peixes”, mas a rede toda, com cerca de 153 grandes peixes.

Após comerem, Jesus perguntou a Pedro: “Tu me amas?

Ora, o que teria sido de Pedro se a questão toda não tivesse sido retirada do plano do arrependimento esforçado e trabalhador para o do serviço amoroso e grato?

Sem a conversa do “tu me amas?” Pedro teria se tornado um neurótico devocional para o resto da vida.

Culpa faz muitas vezes a pessoa carregar sozinha todos os pesos. Pesos desnecessários. Quantidades não solicitadas. Tudo por causa da culpa!

Pergunta:

Sua culpa não tratada por você diante de Deus está levando você a escolher sacrifício, trabalho neurótico, missões solitárias?

Pense quais são as motivações para o tamanho de seus esforços para agradar a Jesus mais do que qualquer outro consiga.

Tudo é muito bonitinho, mas, continuando, acaba com a vida!


Nele, que não nos chama para puxarmos as redes da culpa,


Caio

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011



A MÁQUINA QUÂNTICA

…e pôs a eternidade no coração do homem.

- Salomão, no livro de Eclesiastes

Um grupo considerável de pessoas neste fim de milênio já não pensa em “tempo” do mesmo modo que a maioria dos seres humanos ainda concebem essa dimensão. Hoje, com os novos experimentos da física quântica, uma revolução está para acontecer. Haverá grande aproximação entre ciência e religião, entre tecnologia e biologia, entre máquina e realidade orgânica.

Muitas das hoje chamadas energias sutis –bem conhecidas por profetas e místicos como mundo espiritual– estarão ao alcance da ciência e da tecnologia. Máquinas serão construídas a partir de células, criando um mundo de comunicação instantanea de informações. Serão aparatos magnéticos, e não elétricos. Nada do que hoje nós chamamos de avançado poderá, ainda, ser assim considerado depois que isso acontecer.

Em meio a todo esse progresso, se chegará a uma conclusão: a grande máquina quântica não está por ser criada, mas já existe há milhares de anos. Também se descobrirá que essa máquina viva jamais foi usada em plenitude na Terra –exceto uma única vez, há cerca de dois mil anos–, em razão de que, logo após ter sido criada livre, apareceu nela um desejo que, consumado, lhe atrofiou os sensores e inibiu seus recursos de percepção. Desse modo, ela perdeu a conexão com as milhares de formas de energias sutis e dimensões existentes no universo! A pior de todas as perdas, todavia, aconteceu na area de voice recognition, pois nessa máquina quântica surgiu uma quase total impossibilidade para o reconhecimento da Voz de seu Criador.

A despeito disso, o potencial dessa máquina não foi aniquilado, e, em tempo, ainda se saberá sobre as grandes maravilhas que a habitam. Esta extraordinária tecnologia quântica presente neste planeta possui corpo, alma e espírito! O corpo experimenta o tempo; o espírito transcende o tempo – pois tem natureza atemporal. E a alma faz o elo entre as várias formas de energias da dimensão física e psicofísica e as profundidades das formas de existência que não podem ser medidas ou mesmo assumidas como reais no mundo das coisas palpáveis, pois são espirituais.

A vida humana é o grande complexo eterno-temporal a ser descoberto nas décadas por vir. E quando essa consciência se instalar, então se saberá que a eternidade habita o coração dos homens e que o tempo nada mais é que uma momentânea impressão de uma das muitas formas de existir e conhecer a existência, que os humanos possuem, mas que foi em nós atrofiada por algo que a linguagem teológica chama de a queda. Sobretudo se saberá que assim como profetas visitam o que será, também podem visitar o que já foi, pois, no espirito, o que é, é; porque passado, presente, e futuro, nada mais são que expressões daquilo que é, e habita o interior dos seres humanos.

Caio

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

  
AS PAIXÕES QUE FAZEM GUERRA CONTRA A ALMA


Pedro disse (na sua 1ª Epístola) que as paixões carnais fazem guerra contra a alma; e que épela obediência à verdade que a nossa alma é purificada.

De fato, Pedro está dizendo que a alma pode se enganar muito tempo com nossas mentiras, e com as mentiras que nós decidimos que serão o piso de nossa realidade; e que, além disso, a alma, pode entregar-se à procura de todas as formas de realização indicadas por nós para ela — porém, depois de um tempo, ferida nas guerras das paixões, dos surtos, dos impulsos, dos direitos inquestionáveis, dos caprichos tidos como normais, e de todo tipo de hedonismo sem significado e sem afeto, a alma se levanta com o poder das Sombras do Interior; e se apresenta com as feições às quais se amoldou (“... Não vos amoldeis às paixões que fazem guerra contra a alma...”).

Então a pessoa grita: “Assombração! Fantasma! Diabo! O que é isso?”.

Mas não é nada. É apenas a alma nos chamando para uma “Exposição de Fotos Nossas”; ou chamando para um desfile dela mesma com as roupas psicológicas e com as formas e contornos de caráter que nós impusemos como “beleza e saúde” sobre ela.

A alma pode comer mentira por muito tempo; mas não comerá o tempo todo.

Sim! Sempre, mais cedo ou mais tarde, a alma se apresentará vestida com nossos gostos e caprichos transformados em produto psicológico. Então, ela, a alma, nos dá a chance de dizer “isto é bom”; ou, então, de dizermos “isto é mal”; ou, quem sabe, “não é bom pra mim”.

A salvação do homem que tem uma alma — é poder pelo menos ouvir seus gritos de dor em razão de sua existência posta contra a verdade; e, assim, dar a ela o direito de conhecer a verdade.

No entanto, caso isso não seja a ela concedido, se morrerá carcomido pela fantasia como fantasmagoria; pela mentira como frustração; pela ilusão como esperança adiada (que enferma o coração); pela auto-vitimização que impede a pessoa de assumir responsabilidades para a libertação pessoal; e por toda sorte de desculpas; as quais se transformarão em amarguras; mas que jamais farão a pessoa abraçar a verdade para o bem da alma; e para que pela verdade ela seja purificada.  

A alma se tumultua com a mentira, o engano e a fantasia; e se torna ela mesma, pacificada, quando é restaurada pela obediência à verdade.

Pedro diz que essas paixões se manifestam como paixão sexual (sem afeto; ou com afeto fabricado a fim de “justificar” o troca-troca); e como paixão relacional (cheia de amarguras e de vícios do ódio e do engano; com muita gritaria, e com muita dependência e co-dependência; e com muita embriagues ou fuga do real).

E mais: ele diz que tais paixões carnais têm sua dimensão pública; e que se manifestam nos abusos praticados contra a esposa, o marido, os servos, os patrões, os empregados, as autoridades, etc.

Sim! Essa paixão carnal é narcisista e é cheia de auto-indulgência, posto que sua marca principal é a insatisfação passional e louca, bem como é ela marcada pelo mais profundo egoísmo e falta de afeto natural.

Paixões carnais são patologias do sentir e do desejo; e são o fruto da fobia da morte, que diz: “aproveita que está acabando...”; e, também, se deriva dainsegurança existencial de quem não tem em Deus (mesmo!) o sentido de sua vida.

Paixões carnais nada têm a ver com a boa paixão, que enfatua a alma pelo encontro, e que precede ao amor que crescerá pelo vínculo com o outro. Nem tampouco têm elas qualquer coisa a ver com a vontade de trabalhar e de crescer, se o crescimento de fora não matar o de dentro.

Paixões carnais são fruto também da vaidade existencial que só encontra afirmação no que possa mostrar como variedade e poder para fora — nem que seja poder para manipular e seduzir por seduzir.

Por último, as paixões carnais também se manifestam de modo “espiritual”, e que têm a ver com sede poder sobre as demais pessoas, com o fim de sobre elas sobressair e controlar.

Assim, a busca da fama, do poder, do dinheiro e das importâncias sociais —, também fazem parte das paixões carnais.  


Pedro conclui dizendo que o diabo está em derredor; e que as ansiedadestrabalham em seu favor contra nós.

Sim! As paixões que fazem guerra contra a alma são as mesmas que geram asansiedades que o diabo usa. Usa-as a fim de determinar (pelas nossas carências e pelos vazios do coração) as necessidades que haverão de ser atendidas justamente por aquilo que haverá de fazer guerra contra a alma.

Desse modo, Pedro diz que o remédio para isso é purificar a alma na verdade e manter a mente sóbria, modesta, lúcida, calma, e com todas as ansiedades postas diante de Deus; com confiança!


Quem ama a verdade fará bom proveito para a alma crendo em tudo o que aqui disse; pois eu sei, você sabe, todos sabem, que o que tenho aqui dito é a Palavra que nos foi evangelizada desde o principio.

Assim, também digo, buscando ser fiel despenseiro da Graça de Deus: “O que recebi isto também vos entreguei!”.



Nele, que nos chama à salvação na verdade e no amor,


Caio

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


A
A CRUZ E A REUNIÃO DOS FILHOS DE DEUS

Foi Caifás, o sumo-sacerdote dos judeus, quem disse que convinha que Jesus morresse e não perecesse toda a nação.

João, o apóstolo, interpretando a fala de Caifás, acrescenta: “E não somente pela nação; mas também para reunir os filhos de Deus que andam dispersos”.

Essa é uma certeza crescente no nosso meio...

De algum modo, cremos, haverá um derrame de consciência do Espírito, e, milhões de filhos de Deus “dispersos” ou “desviados” olharão para a Cruz.

Se você é um desses filhos de Deus que andam dispersos, gostaria que nos escrevesse.

Se você é daqueles que dizem:

Creio em Cristo e no que Ele fez por mim na Cruz, mas não encontrei meu ninho, meu pouso e meu lugar nas “comunhões” que os homens têm me oferecido em “nome de Deus”; ou se você é daqueles que dizem: Fui considerado “indigno” dessa comunhão, porque os chefes das tribos dos “filhos de Deus” me julgaram desviado!—então, escreva para nós!

Temos uma noticia boa para dar a você!

A Hora do Encontro está chegando!

Quem tem o selo do Cordeiro na fronte precisa crer e deixar de viver como se não tivesse dono!

Na Cruz,

 Caio Fábio